Postado 28 de outubro de 2020
Comer comida de rua não apenas é uma maneira fácil e barata de encher o estômago, mas também abre a porta para um mundo de delícias absolutas.
Além disso, a comida é uma parte absolutamente vital da experiência de um lugar. A chave para entender a cultura e a história de um país, muitas vezes, está em sua culinária.
Por isso, vamos conhecer um pouco mais da história e costumes das comidas de rua mais famosas do Brasil.
O pastel é uma iguaria muito comum em todo Brasil. Tem uma crosta fina e crocante em forma de retângulo ou semicírculo que contém diversos tipos de recheios antes de ser frito em óleo vegetal.
Os pastéis semicirculares são os mais comuns em bares, enquanto os pastéis retangulares costumam ser encontrados em feiras de rua ou quiosques de praia.
Segundo a história, o pastel veio para o Brasil junto com a imigração japonesa. Quando os japoneses chegaram ao nosso país, eles adaptaram os wontons chineses para serem vendidos como lanches nas feiras de rua semanais para ganhar a vida em seu novo país.
Mesmo com o passar do tempo, o pastel continua o mesmo de quando foi lançado e continuará tendo um papel importante na cena gastronômica brasileira .
Se você é um brasileiro raíz, com certeza já se aglomerou em volta das barracas de feira e comeu um pastel acompanhado de um caldo de cana gelado ou já pediu uma porçãozinha para comer com uma cerveja bem gelada.
O cachorro-quente brasileiro, muitas vezes conhecido apenas por dogão, é uma típica comida de rua e pode ser encontrado com diversos tipos de coberturas e em todo o país.
As origens da salsicha podem ser rastreadas desde c. 700 AC, com o seu aparecimento na Odisseia de Homero , mas alguns historiadores acreditam que a primeira salsicha só foi criada no século I DC.
Diz a lenda que o cozinheiro do imperador Nero, Gaius, enfiou uma faca em um porco assado que não havia sido bem limpo e os intestinos vazios e inchados caíram. Ele exclamou com sua descoberta e encheu o invólucro com carne moída e especiarias.
Ao longo dos séculos seguintes, a linguiça viajou pela Europa, chegando à Alemanha – país que adotou a salsicha como sua.
No Brasil, existem diversos tipos de acompanhamentos para o dogão. Em São Paulo, ele é preparado com purê de batatas. Já em Brasília, é servido com pasta de alho. No Rio, é comum adicionarem ovo de codorna. Seja qual for o seu acompanhamento favorito, dogão é o lanche de rua que não pode faltar!
Originário de fazendo do sul do país, o churrasco foi desenvolvido por tropeiros e as técnicas herdadas pelos índios que ali viviam. Lá, as comunidades se reuniam em ocasiões especiais cozinhando uma refeição gigante de churrasco.
Enquanto os homens abatiam o gado, espetavam e temperavam grandes cortes de carne, as mulheres e crianças preparavam acompanhamentos feitos com a fartura de seus jardins.
O espetinho foi uma variante da forma de fazer o churrasco e foi uma patente da fabricante de embutidos Mimi, na década de 70, exclusiva por cerca de 10 anos.
Com a quebra da patente, os espetinhos passaram a ser vendidos em variedade e feito de diversas maneiras.
O espeto ou o “churrasquinho de gato” é a forma popular do espetinho de rua e o nome ganhou fama por conta da procedência da carne duvidosa em alguns casos. Hoje, é vendido por todo o país e pode matar a sua fome onde estiver.
Apesar do que o nome sugere, o churrasquinho grego não veio da Grécia, mas da Turquia.
É conhecido, originalmente como kebab e acredita-se que os soldados turcos costumavam grelhar pedaços de animais recém-caçados espetados em espadas sobre fogueiras em campo aberto.
As técnicas de marinação são a parte mais importante da criação do sabor do kebab e variam de cultura para cultura.
No Brasil, o churrasquinho ficou conhecido como grego por conta das imigrações de refugiados que passaram a vender o kebab como forma de ganhar dinheiro. São, normalmente, vendidos nos grandes centros.
O milho “nasceu” de mãos humanas, sabia?
Seguinte: ele não cresce selvagem em nenhum lugar do mundo. Em vez disso, essa planta domesticada evoluiu em algum momento dos últimos 10.000 anos, por meio da intervenção humana, a partir do teosinto, uma forma de grama selvagem mexicana.
Consumido por animais e humanos, o milho também é usado em uma ampla gama de produtos não culinários, incluindo etanol, produtos farmacêuticos, tecidos, maquiagem, explosivos, produtos de papel e tintas.
É uma das comidas de rua mais famosas e pode ser consumida direto na espiga ou em um pratinho. Com manteiga ou só com sal. Há ainda os mais criativos que acrescentam queijo processado ou bacon!
Ainda no milho, vale lembrar suas propriedades saudáveis. Por causa do alto teor de fibras, pode ajudar bastante na digestão e no funcionamento de seu intestino. Ele também contém vitaminas B valiosas, que são importantes para sua saúde geral.
A pipoca é um dos petiscos mais adorados do Brasil e é consumida em todo o mundo há milhares de anos. Talvez o lanche mais antigo do mundo, a pipoca é fácil de cozinhar e pode ser temperada de centenas de maneiras, é só escolher a sua preferida!
Desde pipoca salgada, com provolone e até as doces, o carrinho do pipoqueiro é uma das comidas de rua preferidas, não só dos brasileiros, mas do mundo. Você sabia que o primeiro carrinho comercial de pipoca foi inventado no ano de 1885? Nessa mesma época em que os ambulantes saíam com os carrinhos, os filmes estouraram em cena. Foi então, que surgiu o hábito de comer pipoca no cinema. É história, é cultura!
Além da deliciosa pipoca, hoje em dia, os carrinhos contam também com as batatinhas chips. A história popular da invenção das batatas chips é que, em 1853, o chef nova-iorquino George Crum serviu uma refeição para Cornelius Vanderbilt, que a mandou de volta para a cozinha porque as batatas eram muito grossas. Em resposta, Crum fritou algumas aparas de batata superfinas e as mandou de volta.
Há quem diga que essa não é a real história. Sendo ela verdadeira ou não, é possível dizer que Crum foi o primeiro a colocar em um livro culinário a famosa batata chips.
A batata chips virou um ótimo aperitivo e aparece em vários carrinhos para comprar como porção e matar aquela fome repentina – ou ainda como acompanhamento de outras comidas de rua! Afinal, vamos combinar, batatinha chips vai com tudo.
O carrinho do churros é uma felicidade para ser encontrada nas ruas. A massa frita, com açúcar e canela, com recheio – às vezes até cobertura – de sua escolha!
Uma comida de rua muito comum no nordeste e famosa no mundo todo é o super brasileiro acarajé.
Ele é um pequeno bolinho feito de feijão-fradinho. O prato usa cebola e camarão seco moído para dar um sabor extra. Eles são moldados em bolas e fritos em azeite dendê fervente.
Depois, são divididos ao meio e recheados com vatapá, uma pasta cremosa – também brasileira – feita de amendoim finamente moído, camarão e leite de coco.
Com tanta variedade de lanches e comidas de rua, escolher o seu preferido pode ser muito difícil!