Guia do Espumante: veja como escolher o espumante ideal para o seu brinde

Na hora de brindar e celebrar, a bebida que melhor combina é o espumante. Em datas festivas, na hora de comemorar uma vitória ou mesmo de celebrar as amizades e a família, o ato de estourar um champanhe se torna um símbolo dessa felicidade e união. Porém, antes disso é preciso escolher esse espumante e aí surgem as dúvidas.

Espumante, champanhe, prosecco, cava. Nature, brut, demi-sec. São várias nomenclaturas e detalhes que fazem a diferença na hora de definir o seu espumante preferido, por isso preparamos um guia simples para facilitar a sua escolha. Vamos lá:

O que define um espumante?

O espumante é definido basicamente por suas borbulhas, aquelas que a gente adora ver na taça e sentir no céu da boca. Essas borbulhas são geradas por um duplo processo de fermentação natural.

Esses processos de fermentação podem ser feitos dentro da própria garrafa de vinho, o que é chamado de método champenoise; ou fora da garrafa, em barris, o que chamamos de Método Charmat.

Um vinho frisante é também um tipo de espumante?

Não!

O vinho frisante está no meio do caminho: ele possui uma quantidade pequena de borbulhas, porém não chega a ser um espumante, já que ele passa por apenas um processo de fermentação, diferente dos dois processos usuais de um espumante.

O frisante acaba sendo mais leve e fresco, por isso pode ser uma boa pedida para dias quentes, para momentos tranquilos entre amigos e até para um piquenique no final da tarde.

Um bom exemplo de frisante são os Lambruscos italianos, produzidos na região da Emília-Romagna. Eles têm um sabor mais frutado e adocicado, por isso mesmo acabaram ganhando muitos apreciadores no Brasil. O lambrusco, aliás, pode ser um bom vinho de entrada para quem quer se aventurar no mundo dos vinhos.

Champanhe, prosecco e cava: quais as diferenças?

Na prática, champanhe, prosecco e cava são tipos de espumante definidos por sua origem. Por isso que é errado chamarmos qualquer espumante de champanhe ou prosecco, é preciso se atentar ao rótulo:

– Champanhe são apenas os espumantes produzidos na região de Champagne, nordeste da França;
– Prosecco são os espumantes que tem em sua composição no mínimo 85% de uvas glera (anteriormente conhecidas como uvas prosecco) e que são produzidos na região de Veneto, na Itália.
– Cava é o vinho espumante produzido na região da Catalunha, na Espanha.

Essas denominações de origem levam em conta diferentes regras e normas de produção que vão além do local de produção. Há questões sobre a temperatura de conservação, o armazenamento, o cuidado com as uvas, entre outros.

Por isso, esses rótulos são dados para poucas bebidas e elas acabam chegando por aqui com um valor mais elevado, porém você tem a segurança e a confiança de uma bebida de alta qualidade.

Espumantes nature, extra-brut, brut, sec, demi-sec e doce

Os vinhos espumantes são classificados a partir da sua concentração residual de açúcar em cada garrafa. A partir disso, temos seis diferentes tipos de espumante, são eles: nature, extra-brut, brut, sec, demi-sec e doce.

Veja como identificar cada um deles e saber qual faz mais sentido para o seu paladar:

– Nature: esse é o espumante mais seco, com açúcar residual de 3 gramas por litro;

– Extra-brut: também bastante seco, esses espumantes contam com concentrações de açúcar variando entre 3,1 e 8 gramas por litro;

– Brut: esse é o que a gente mais encontra nas gôndolas para compra e é o mais fácil de fazer diferentes harmonizações, pois ele tem concentração de açúcar entre 8,1 e 15 gramas por litro;

– Sec: apesar do nome, ele possui uma doçura moderada, tendo entre 15,1 e 20 gramas de açúcar residual por litro;

– Demi-sec: esse tipo possui entre 20,1 e 60 gramas por litro, o que é uma margem bem grande, por isso há opções mais moderadas e outras bem mais adocicadas;

– Doce: o nome já deixa claro que essa é a opção mais doce, tendo uma concentração de açúcar superior a 60 gramas por litro.

Espumante Moscatel: uma estrela das vinícolas brasileiras

Falamos aqui de vinhos espumantes de diferentes países, mas o Brasil também tem sua estrela: o espumante moscatel. Feitos com as uvas da família Moscato, o moscatel tem sabor mais adocicado, em função de seu processo de produção, e acaba por ter um frescor e uma leveza que entraram no gosto do consumidor brasileiro.

Esse é um clássico italiano que passou a ser produzido no Brasil há um tempo até curto. Nossos primeiros moscatéis datam da década de 1970. De lá pra cá, a região da Serra Gaúcha se tornou um pólo de produção da bebida, tanto que a cidade Farroupilha possui até o famoso Festival do Moscatel.

Além disso, Farroupilha também já conquistou prêmios internacionais: o Espumante Casa Perini Moscatel, produzido na cidade, já foi eleito como o 5º melhor vinho do mundo. Eles conquistaram essa posição no Ranking Mundial de Vinhos WRW&S, elaborado pela Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Destilados.

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Como adicionar os espumantes no consumo para além dos brindes especiais

Pensamos muito em espumantes na hora de uma celebração, de um brinde, de um momento especial, mas a realidade é que podemos transformar qualquer momento em algo especial com um espumante.

Eles são deliciosos em dias quentes, em tardes de verão, em noites de brisa leve. Eles podem acompanhar doces, salgados, sobremesas e pratos principais, o importante é entender o seu paladar e ver como encaixar essa bebida no seu dia a dia. Em um jantar à dois, em um almoço entre amigos ou mesmo em um piquenique romântico: o espumante pode dar aquele charme especial que você quer.

E como ficou claro nesse pequeno guia, há espumantes para todos os paladares e bolsos: secos ou adocicados, encorpados ou mais leves, de origem europeia ou nacional, o fato é que tem espumantes de alta qualidade para todos os gostos. Vale se aventurar nesse universo e ir degustando até encontrar os seus preferidos.

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