Postado 8 de outubro de 2021
Quando pensamos em vinho branco, geralmente associamos à jovialidade, leveza e frescor de um dia de sol em torno da piscina, de um almoço de verão ou de um brunch de primavera. E podemos dizer que essas características realmente são o que constroem o vinho branco, mas ele vai muito além disso e tem seus mistérios que merecem ser desvendados.
Para te ajudar nesse universo, preparamos um guia simples de vinho branco para tirar suas dúvidas com dicas e recomendações que facilitarão o seu momento de compra e de degustação. Dos mais suaves aos mais encorpados, passando pelos mais adocicados e de acidez suave – veja como combinar com diferentes pratos e a temperatura ideal para servir.
O vinho branco é essencialmente definido por sua cor clara, que vai desde os tons amarelos até os tons de âmbar. Essa parece uma explicação óbvia, mas é importante entender que é a cor do vinho – e não das uvas – que causa essa definição, já que é possível fazer vinhos brancos com uvas tintas.
A cor do vinho geralmente está associada à pigmentação das cascas da uva e ao processo lento em que esse pigmento é transferido para o vinho. Por isso é possível usar apenas o sumo das uvas tintas na preparação dos vinhos brancos.
Não necessariamente. Há vinhos brancos mais jovens e leves e outros mais encorpados e complexos, variando conforme os processos de preparação e fermentação, bem como há vinhos tintos que são leves e que não apresentam toda essa complexidade.
Portanto, podemos dizer que não é justo compará-los apenas pela cor, é preciso entender o processo de cada vinho, seu tempo de envelhecimento e sua região de produção. Nesse sentido, é importante conferir o rótulo de cada garrafa, pois é nele que está contada essa história, com todos os seus detalhes.
As uvas variam conforme as regiões de produção e há inúmeras variedades de uvas utilizadas na produção de vinhos brancos. A seguir, selecionamos as mais famosas e mais comuns nas gôndolas nacionais:
Ser rainha é para poucas e esse é o título da uva chardonnay: a rainha das uvas brancas. De origem francesa, é, atualmente, a uva mais plantada no mundo e, por isso, os vinhos desse tipo podem variar bastante, oferecendo uma diversidade de sabores. Um dos vinhos mais famosos do mundo é o francês Chablis, feito a partir da Chardonnay.
Originária da região de Bordeaux, na França, essa uva tem um sabor único e marcante, sendo utilizada para vinhos de aroma forte e interessante frescor.
Refinada e complexa, a uva riesling é conhecida como uma das melhores do mundo na hora de se produzir vinhos brancos. De origem alemã, essa uva gera vinhos de aroma marcante e sabor único.
De caráter mais adocicado, a uva moscatel é utilizada na preparação de espumantes e de vinhos suaves. Ela é uma das estrelas das vinícolas brasileiras e é a base de espumantes premiados.
Uma uva que tem conquistado espaço em vinícolas ao redor do mundo, com destaque para seu sabor adocicado e sua acidez. Ela é bastante usada no preparo dos vinhos Sauternes, um vinho branco francês de sobremesa.
A Pinot Grigio, de casca rosada, é uma uva de sumo claro e, por isso, produz saborosos vinhos brancos e espumantes. Bastante comum na Europa, essa uva já é produzida em diferentes regiões do mundo e seus vinhos variam conforme o terroir.
Para harmonizar os vinhos brancos com os seus pratos preferidos você pode seguir dois caminhos:
Harmonização por semelhança: pratos leves pedem vinhos leves.
Harmonização por contraste: encontrando o equilíbrio na diferença.
Com isso, dá pra dizer que os pratos leves – como um peixe fresco – podem ser companheiros interessantes de um vinho branco mais aromático. Já um prato forte e apimentado, por exemplo, pode casar super bem com um vinho mais adocicado.
Para te auxiliar, você ainda pode seguir um esquema mais clássico de harmonização:
– Pratos leves, como saladas, peixe cru, frutas e queijos macios: vinhos frescos e frutados, como o Sauvignon Blanc e Pinot Grigio.
– Pratos mais aromáticos, como comidas asiáticas e sobremesas: vinhos adocicados e ainda, leves, como o Riesling e o Moscatel.
– Pratos mais encorpados, como massas com queijos, frutos do mar e risotos: vinhos mais complexos, como o Chardonnay e o Semillon. Dica: durante o preparo, o vinho branco para risoto também pode ser utilizado como o par harmônico para o prato.
E lembre-se: as harmonizações são dicas interessantes para que você aproveite o melhor do sabor, tanto do prato quanto do seu vinho, mas são regras que podem ser quebradas de vez em quando. Aos poucos você pode experimentar, descobrir sabores e entender seu paladar, assim conseguirá fazer harmonizações mais complexas e ousadas.
+ Confira as nossas dicas e receitas para preparar um delicioso risoto
O vinho branco tem uma taça específica, pois ele deve ser consumido em temperaturas mais baixas, por isso precisa de menos trocas de calor com o ambiente.
A taça de vinho branco tem uma aba mais estreita e é menor que as taças de vinho tinto, pois assim possibilita a apreciação completa desses vinhos mais leves e frutados sem que seu aroma se dissipe.
+ Confira nosso guia das taças ideais para cada tipo de vinho
Aquela imagem clássica de um vinho branco gelado com a taça suada é realmente a correta: ele precisa ser servido em uma temperatura mais baixa que os vinhos tintos. Os vinhos brancos leves ficam mais saborosos entre 6 e 9ºC, já os mais encorpados entre 10 e 12ºC.
Para essa conservação na temperatura ideal, a nossa dica é a Adega Brastemp Dual Zone 33 Garrafas. A tecnologia Dual Zone possibilita dois compartimentos com controle de temperatura independentes, assim você consegue deixar os vinhos brancos em uma temperatura mais baixa e os vinhos tintos em uma temperatura um pouco maior. Prático, não?
Quer saber mais? Confira o nosso guia de harmonização de vinhos